segunda-feira, 1 de março de 2010

O VELHO 18 contos cotidianos e fantásticos





A coletânea de contos “O Velho – 18 contos cotidianos e fantásticos” do escritor Carlos Vilarinho prioriza a originalidade e a imaginação fantástica. O autor baiano apresenta uma linguagem própria, sem efeitos e com muita clareza. Desnuda o ser humano que está a sua volta e a si mesmo tornando-o também protagonista de sua narrativa singular. Nos contos “Cartas de amor” e “O Degolado” fatos distintos que se entrelaçam ao final em memória longínqua dos personagens afins. “A Dama” e “O Ogro Quiromaníaco”, contos premiados em dois concursos literários com temática erótica, o primeiro em Brasília e o segundo em São Paulo e em Vitória (ES), além de “Cheiro das Entranhas” presenteiam ao leitor tênue visão de desejo e que passeia no imaginário de qualquer pessoa. Os contos “Esquecidos de Si Mesmos”, “Usura, Pederastia e Clemência Para os Néscios”, “O Aposentado” e ” O Homem – Pimenta” são dramas de natureza genuinamente humana, a inveja que permeia e assola a vontade de quem não se estabelece no cotidiano do bojo social. “O Boçal”, “Transe Ritualístico”, “O Fotógrafo”, “A Crise de Seis Mortes”, “O Homem Que Não Queria Morrer” e “Olho Frio” são textos onde o fantástico e o terror real e inimaginável se misturam em suspense e atmosfera também dramática. Por sua vez e em contraponto ao terror apresentados por esses citados, em “A Dama dos Olhos de Esmeraldas”, “Tudo É irreal” e “O Velho”, são histórias de imaginação dramáticas e acolhedoras. Finalmente fecha com um “Conto de Natal” onde a atmosfera natalina está presente no personagem Sofia.


Carlos Vilarinho

Um comentário:

  1. Tudo bom demais por aqui, gostei. Indicarei nas minhas páginas, agaurde.
    Abração
    www.luizalbertomachado.com.br

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